04/03/2019
RESOLUÇÕES PROFUNDAS II
2. Padrões Familiares
3. O Sofredor Causador
2. Padrões familiares
Geralmente, os padrões de vícios, de abusos e de rejeições, são padrões familiares se manifestando inconscientemente e que se repetem por gerações. Há fatores genéticos, biológicos e psicológicos que influenciam a todos nós, muito mais amplamente do que se tem ideia. É preciso, quando se volta a consciência para o autoconhecimento, ir reconhecendo esses padrões e desfazendo-os, em nós mesmos, para que possamos progredir de maneira efetiva. Por isso que, por mais que se queira acelerar processos, como realizando técnicas espirituais avançadas, se não analisamos amplamente todos os padrões e sistemas de crença da vida a nossa volta, especialmente do grupo familiar, não conseguiremos a plenitude e a alegria que as conexões superiores poderiam nos trazer.
Na questão do padrão familiar, casos de abuso, por exemplo, que muitas vezes parecem, à primeira vista, que poderiam ter sido evitados, se perguntarmos “por que minha mãe deixou que isso acontecesse comigo?” ou, simplesmente, “por que isso comigo?”, veremos que as histórias praticamente se repetem, mas nunca são comentadas. Vasculhando muito profundamente, veremos que os “culpados” são os que, antes, sofreram abusos e que os “cúmplices” são os que foram oprimidos. Sem querer vitimizar criminosos ou polemizar um assunto e muito menos retirar a profundidade de uma análise séria e criteriosa sobre a história de cada caso em particular, precisamos entender esse jogo do mundo e quebrar uma roda, um ciclo de eventos de ancestralidade, que se repete de geração a geração. Nisso, entra um segundo ponto que é a nova humanidade.
Os que são iniciados e conhecem o MOINTIAN sabem que, no Nível III, temos a técnica da Geometria da Essência. Quando realizada de forma simples, apenas visualizando as figuras nas partes correspondentes do corpo, ajuda muito para a dissolução desses padrões familiares que se estendem por gerações. Isso é ainda mais potente em uma iniciação, quando a entendemos com o sentido de quebrar a força de uma tendência, uma cadeia de eventos ou de um padrão de ciclos nocivos. Uma iniciação também é a maneira de suportar o que foi sofrido, mas de maneira, de certa forma, livre, por dissolver os efeitos e suas reações mais graves e que, de outra maneira, poderia ser insuportável. Ela gera uma ruptura com os efeitos mais profundos, mas não impede que as consequências ainda voltem, se as correções e as análises reais sobre os fatos não forem realizadas.
Para refletir:
O valor de uma pessoa está em ela transformar o sofrimento que teve em força para lutar contra o sistema ou os padrões que a oprimiu e não numa luta contra si mesma.
3. O sofredor causador
É preciso aniquilar a força destruidora que um comportamento nocivo traz para a vida dos que o carregam e, mais ainda, para os que estejam em seu convívio. Essa talvez seja a parte mais difícil, a de reconhecer o papel de causador de sofrimentos, dores ou constrangimentos. A questão não é sentir culpa, mas entender os motivos reais por trás das reações: “por que cometi tais atos?” deve ser a pergunta para esse tipo de pessoa. É comum termos reações negativas por contaminação de um ambiente abusivo ou por reflexo de nossas frustrações ou abusos, conforme já enunciamos acima. Isso se assemelha a quando emitimos uma opinião ou julgamento utilizando os parâmetros de análise ou a opinião de terceiros, seja da família, de um grupo, ou da mídia. É o mesmo princípio do envolvimento emocional com um evento trágico, exposto no capítulo 6.7 do livro Uma Nova Consciência Para Uma Nova Humanidade.
A parte do “o que eu fiz”, também precisa ser muito bem analisada. Até aqui, ficamos vendo a parte sofredora, passiva, mas é preciso, da mesma forma, analisar a parte abusiva, quando nos tornamos abusivos e causadores de sofrimento. Quando causamos um sofrimento, que pode ser uma reação derivada de um sofrimento recebido, mas que esteja perturbando nossa consciência, causando um sentimento de culpa, precisamos analisar as situações, que podem ser organizadas em um tema original, como “o que fiz” ou “culpas”. Veremos a organização por fases e temas logo adiante, no tópico 10.
Próximo tópico: 4. Medo, raiva, ansiedade e as causas reais
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