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RESOLUÇÕES PROFUNDAS II - 1. O que Guardamos

28/02/2019


54. RESOLUÇÕES PROFUNDAS II
O TRABALHO COM AS EMOÇÕES E PRÁTICA DE DISSOLUÇÃO 


Esta nova série de tópicos irá continuar e aprofundar o tema, já profundo, elaborado anteriormente com a série “Resoluções Profundas”. O sentido agora será entender os conceitos que nos permitirão trabalhar de forma prática, para que a dissolução de bloqueios e traumas seja efetiva e permanente. Para isso, teremos várias postagens, divididas em dois grupos: 

Parte V - O trabalho com as emoções - tópicos 1 – 7

1. O que guardamos; 2. Padrões familiares; 3. O sofredor causador; 4. medo, raiva, ansiedade e as causas reais; 5. a causa real e o problema da meditação; 6. Ainda sobre os sete pecados capitais; 7. O lado positivo das emoções. 

Parte VI - Prática de dissolução e “conversa na bolha” - tópicos 8 – 17 (em construção)

8. O que é programação mental? Como realizar?; 9. Como visualizar (a conversa) e o tempo de prática de resolução; 10. Temas e fases; 11. O que é a bolha e a conversa; 12. A conversa dentro da bolha – tipos e variações; 13. Resumo e como fazer; 14. Exemplos; 15. Projeções e a bolha; 16. Situações do cotidiano; 17. Conclusão. 

Peço a todos que deem bastante atenção aos tópicos agora apresentados, lendo-os com muita calma. É um texto bastante denso. Eles trazem ideias condensadas, que precisam de uma análise cuidadosa para se conseguir atingir a compreensão do que será apresentado. Só assim será possível, no final, realizar as práticas com total domínio. Por isso, eles serão apresentados separadamente, com intervalos de alguns dias. 


O TRABALHO COM AS EMOÇÕES E A CONVERSA DENTRO DA “BOLHA” 

1. O que guardamos 

O que muitas pessoas não conseguem entender, e que dificulta imensamente seu processo de autoconhecimento, é que os sentimentos ou as reações são como sintomas, reflexos de algo mais profundo, que pode ter sido originado desde a infância ou a concepção. Quando isso é compreendido, podemos olhar de frente para nós mesmos e iniciar a desfazer padrões e ciclos de reações negativas. Muitas características nocivas podem ser eliminadas quando conseguimos ver de fato essas reações e sentimentos gerados por traumas e bloqueios, ou por situações conflitantes que geramos, por nossa vontade. 

Tudo que ficar guardado, como mágoa, ressentimento ou culpa, vai gerar, em um período de tempo que pode variar de uma pessoa para outra, uma reação no comportamento, como explosão de sentimentos, ou no corpo, quando aparecem sinais de somatização. 

A proteção que criamos, derivada de nossos problemas e nossas angústias que ficaram guardadas, geram as reações e explosões de comportamento. Ou, ao contrário, geram a negação, a reclusão negativa, a fuga e o recolhimento de nossa manifestação. A menos que sejam casos de ansiedade que impeçam de realizar determinados projetos, a máscara da arrogância e do ataque nos ajudam a impedir que nossas feridas sejam abertas e escancaradas na frente dos outros. Muito mais frequentemente do que se imagina, ficamos pensando que nos moldamos de determinada maneira porque simplesmente nos adaptamos a algo, pensando que estamos enfrentando algo. 

Todas as lembranças, conversas ou fatos precisam ser envoltos pela “conversa na bolha” para serem devidamente dissolvidos. Quando entendemos as origens e “conversamos” com as causas, diminuímos essas influências e efeitos na vida atual. Então, fica relativamente mais fácil e simples lidar com os processos da vida corrente, sem as reações inconscientes que teríamos sob a influência desses bloqueios. Deve-se considerar que tudo o que, de certa forma, por nossa “moral”, fizemos de “errado” ou o que consideramos errado ou que poderia ter um desfecho diferente, ou mesmo um constrangimento que provocamos, gera algo como uma “culpa” e também se considera como um caminho neural negativo que cria reações negativas e inconscientes. O medo e a culpa ficam acumulando sentimentos e pensamentos, criando ideias recorrentes que não resolvem as situações, mas geram mais conflitos. Esses conflitos vão aumentando, gerando um veneno interno, destruindo os pensamentos e as emoções até que se manifestem no corpo como um processo de doença física.