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RESOLUÇÕES PROFUNDAS II - 8. O que é programação mental? / 9. Como visualizar


30/03/2019

RESOLUÇÕES PROFUNDAS II - PARTE VI
A PRÁTICA DE RESOLUÇÃO – A CONVERSA NA BOLHA 


8. O que é a programação mental? Como realizar? 

Um caminho neural pode ser entendido como a forma que o cérebro grava um conhecimento, um padrão, um trauma, um medo, um bloqueio, uma forma de comportamento. Quando se estabelece, deixa um mapa de como as reações e sentimentos devem ser interpretados, determinando as formas de ação, reação e de pensamentos de uma pessoa. Dessa maneira, uma vez estabelecido, desfazer ou refazer um padrão de comportamento ou reação, exige um processo consciente e disciplinado. É isso que justifica a tomada de consciência e o autoconhecimento para que se possa desprogramar ou reprogramar as nossas reações e sentimentos. 
É sabido que o cérebro leva um tempo para que consiga refazer ou desfazer um caminho neural. Um caminho neural é a maneira como, por exemplo, um conhecimento se instala. Isso também serve para um hábito ou uma característica. Quando se fala que podemos modificar hábitos ou características, devemos seguir determinadas “regras” do próprio cérebro para que isso seja possível. Com a forma que ensino, pelo afastamento ou pela dissolução, estou querendo dizer que podemos dar uma ordem ao cérebro para que desfaça um caminho antigo e crie um novo, que estabelece um novo hábito ou característica. É como aprender algo complexo. Exige disciplina e dedicação, mas, com o tempo certo, torna-se um processo automático ou um hábito. 
Quando alguém não se conhece, não entende seus comportamentos e as formas de organizar seu pensamento para elaborar e interpretar seus sentimentos, dizemos que a pessoa está cega para si mesma, cega para a maneira como vive e como reage ao mundo. 


Os melhores horários para as práticas 
pela manhã - logo cedo, como a primeira coisa a ser feita, e sem nenhuma atividade mental ou distração, como nas redes sociais, ou notícias, por exemplo;
à noite - como a última coisa a ser feita, desde que se recolha cedo para um ambiente sossegado. É preciso deixar um tempo para a absorção da experiência antes do sono. 

O período de prática 

Deve-se levar um período de vinte e um dias, ininterruptos, para estabelecer a nova característica ou eliminar uma influência de nossa vida. A atitude mental deve ser firme e, durante o dia, permanecer com o pensamento na conquista. 
Essa é a regra geral do cérebro para a programação mental. É uma lei aceita e eficaz, quando se segue diligentemente o processo. 

Quando a programação é parte do processo de descoberta e dissolução de traumas, mais que de programação ou desprogramação de características, e após o trabalho inicial de descoberta das causas reais, os horários podem ser pela manhã e/ou no início da tarde, mas nunca como a última coisa a ser realizada a noite, devido à profundidade da experiência e à possibilidade de reviver certos dramas perturbadores. 


O ambiente da prática 

É preciso ter um local sossegado no qual se possa permanecer em silêncio e sem interrupção por, no mínimo, quarenta minutos. 
Deve-se criar uma atmosfera harmoniosa e observar alguns parâmetros iniciais, como: 

- Estabelecer uma disciplina para a prática, pois o período inicial de 21 dias precisa ser respeitado;
- Estar familiarizado com o Exercício Básico Para Meditação (EBM);
- Criar um Local de Conforto, conforme definido no livro Práticas Para a Meditação Livre, e que será comentado no tópico 10. 

9. Como visualizar e o tempo de prática de resolução

Para a realização dos procedimentos, devem ser dedicados entre 30 e 40 minutos diários. A prática do Exercício Básico Para Meditação, EBM, fica entre 15 e 20 minutos e a prática da visualização e conversa não deve exceder 10 minutos diários. 

Para cada situação, uma prática. Se muitas situações são semelhantes, pode-se iniciar trabalhando com o conjunto, ou “tema”, conforme será definido no tópico 11, por um período de 21 dias. O período de 21 dias é essencial para que as memórias despertem ou para que as causas reais apareçam ou sejam descortinadas. Após isso, pode-se trabalhar com as causas descobertas, separadamente, por mais algumas vezes, até que seja possível sentir a dissolução. Deve ser identificado que algum resultado tenha sido atingido. Se for necessário, não há problema em realizar mais vezes, atingindo um total de um mês de trabalho de resolução. Após isso, se ainda persistem sintomas e características, será necessário parar por cerca de dez dias para recomeçar um novo ciclo. Frequentemente, é nesse período de parada dos exercícios que se estabelece um novo padrão de consciência, isso quando as resoluções não acontecem no período das práticas. 

Antes de iniciar, é aconselhável fazer uma lista criteriosa, analisando, por exemplo, os abusos sofridos, as mágoas, os medos e também as culpas. Tudo isso precisa ficar organizado por temas, períodos de vida e pessoas. A análise escrita é essencial para a organização das ideias e para que o trabalho seja efetivo e rápido. 
No entanto, se a prática for realizada apenas para amenizar, dissolver ou retirar a importância de um fato ou situação do cotidiano, não é necessário realizar por 21 dias. Realiza-se apenas um ou duas vezes, ou conforme seja possível sentir que os efeitos foram atingidos. Para iniciados, há uma prática específica para esse caso, com a utilização de símbolos, no tópico 16. 


Resumo do tópico 9: 
- primeiras vezes: 30 minutos 20 minutos para o EBM e 10 minutos para a conversa na bolha;
- 21 dias para estabelecer “conexão” com a memória;
- mais alguns dias, no máximo de 10, para trabalhar nas causas e para encontrar respostas;
- pausa de 10 dias, quando não se encontra resultados;
- retomada.
- os casos simples não precisam de repetição, basta sentir o resultado;
- nos casos mais complexos, é após o ciclo inicial que afloram os sentimentos e reações. Portanto, a continuação é importante. Deve perdurar até que os sintomas ou reações amenizem e até que, como efeito, ocorra o afastamento ou o distanciamento das reações. A lembrança fica, mas as reações diminuem até o ponto de serem reconhecidas, mas não interferirem no cotidiano. 
Essa é apenas uma apresentação dos passos, para o que se define como “programação mental”. É a base para entender o funcionamento dos mecanismos mentais que permitem a dissolução de um evento ou a aproximação, por mentalização, de algo necessário para uma mudança efetiva. Veremos claramente todos esses passos adiante, a partir do tópico 11. E, no final, um resumo com os passos claros e outros exemplos de utilização. 


Próximos tópicos: 

10. A Dissolução e a Conversa na Bolha; 
11. Temas ou Fases. 


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